domingo, 1 de julho de 2012

Texto 2 - Edição #06

Uma Jaca.

Não, não vou começar a ditar uma receita por aqui.

Esses dias chegou uma haca aqui em casa, sabem, fiquei realmente maravilhada com aquela fruta, pra não dizer um espetáculo.
Vocês já viram uma jaca? Aquela fruta é gigantesca! E ela não dá na terra, dá em árvore! Uma fruta daquele tamanho e peso pendurada por um cabinho que você olha e não dá nada.
E a aparência? Uma forma meio torta, com uns... uns... umas protuberâncias (?) estranhas...
O cheiro. O cheiro! Nossa, dá pra sentir a metros e metros de distância!
Um cheiro tão doce quanto o mel!
A melhor parte: o gosto. Inconfundível e indescritível, realmente a fruta é boa!
Tudo isso pra dizer que ajaca é bem parecida conosco, ou nós com ela, algo do gênero...
Já aconteceu de você ver uma pessoa pequena,magra, frágil e pensar: nossa, coitada, tão franzininha... Mas depois de conversar alguns minutos percebeu que aquela pessoa tem em si uma fortaleza incorporada. Ou então uma pessoa alta, fort, daquelas que você vê e pensa: Eita, essa aí deve ser uma jamanta de ignorante. Não passados 10 minutos você está combinando de encontrá-la no sábado que vem para irem juntos ao orfanato da cidade.
O mesmo acontece quando enfrentamos, ou estamos para enfrentar uma situação difícil. Perca de uma pessoa querida, o término de um relacionamento, necessidade de mudança no comportamento, etc. A primeira sensação que vem é o medo irracional e inconsciente que bloqueia e não nos deixa, de fato, raciocinar. O que poderia, e deveria ser analisado para que podéssemos enfrentar, crescer e evoluir é simplesmente ignorado, deixado de lado.
Ao julgarmos as pessoas pelas aparências, pelo que seu corpo ou jeito aparentam ser, deixamos de conhecê-las realmente: seu sabor, sua real essência. E quando julgamos uma situação necessariamente deixamos de viver, de crescer, de experimentar o novo e evoluir.
Na vida não temos tanto tempo a ponto de desperdiçá-lo, mas também não temos tão pouco tempo a ponto de deixar de viver e conhecer pessoas e situações como de fato são.

 

Nenhum comentário: