domingo, 25 de outubro de 2009

Revolta de uma Ativista

Ouço o som da desordem, do caos urbano, da violência festejando seu massacre de acerto de contas. Ouço a vida perdida, de metade de uma população que sonha, que leva sua vida.Uma vida nem sempre digna. Mais sua própria vida. Vejo aqueles que cortam os sonhos dos outros, que manipulam os gritos desses mesmos. Tantas vi censurarem aqueles que nas ruas saíram com cartazes, manifestos, gritos, PRA FAZER A SOCIEDADE PROGREDIR.E da janela eu posso ver a poluição tomar conta das ruas. O lixo humano agredindo o ar. E eu posso ver tanto preconceito nos olhos das pessoas... Que me indagam se vale a pena continuar.E nesse país todo mundo tem seu espaço. Por que uns roubam dos outros? E da revolta que tantos guardam. E a indignação de muitos. E das minhas vozes cansadas eu tenho meu leito sóbrio. Por perguntar mais de uma vez como O MUITO É SEMPRE POUCO. POR QUE SOFRO POR TANTA GENTE. E não recebo nem ao menos um agradecimento. E isso não é maior que lamento. A tantos problemas e tantas conseqüências impostas neles.E ao sair na rua, olhos tortos te cercam, viram as costas para o subcultural que tanto faz por eles. Lutar contra a ALIENAÇÃO é o intuito que me faz regressar ao local do crime. E me faz perceber o que faço de errado. Não cometer o mesmo, e progredir aquele acerto. Eu Tento Tanto. Luto tanto. Grito muito. Recebo pouco. Ouço muito. Castigam-me com olhos. Apontam-me com dedos. Reconsideram-me com corpos (não com coração), não recebo apoio mutuo. Censuram-me de tudo (e mesmo assim luto contra, faço pé firme, vou a luta). Sangram-me com tudo. Mancham-me com seus atos e erros. Rotulam-me de tudo e tudo. E mesmo assim ainda Tenho Voz.Eu grito, eu reajo. Eu luto, eu continuo, eu vou em frente, eu sigo, eu me refaço, eu me corrijo, eu olho nos olhos de quem não me vê, eu olho no rosto de quem me rejeita, eu levanto a cabeça pelas ruas mais barulhentas, eu deixo cair lágrimas com o caos social, com o caos urbano. Eu me indigno pelos animais que são obrigados a seguir para o abate. Eu sou de tudo em uma só.Quem sou eu?
A FEMINISTA QUE TEM VOZ PELOS PROBLEMAS QUE VOCÊ DESCONHECE!

Por: Natália Capi (Jacareí - São Paulo)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ser humano: líder ou bárbaro?

“Casacos caros, sapatos de luxo, acessórios de couro...”
“Rodeios, vaquejadas, diversão para todos...”


Tudo isso é símbolo de luxo, de exoticidade, de cultura para a maioria das pessoas. Mas para os animais isso é símbolo de dor, agonia, desespero e morte. Triste, não?
Muita gente diz que ama os animais, que trata bem o cãozinho ou o gatinho de estimação, que nunca seria capaz de cometer uma crueldade sequer com algum animal. Porém, essas mesmas pessoas desfilam com roupas e calçados de couro ou até mesmo peles de animais, e adoram aquele clima estilo festa de rodeio!

Definição para isso? Existem muitas, mas a principal é essa: Alienação.
É muito bom sair desfilando por aí com um belo casaco, sem sequer suspeitar que este veio de um animal que foi brutalmente capturado, transportado ilegalmente em caminhões clandestinos onde ficaria horas e horas, castigado pela temperatura, falta de higiene, stress, o terror de fazer uma viagem assim pela primeira vez e, é claro, os maus tratos sem fim sofridos durante todo o processo, que incluem choques elétricos, surras, ferimentos nos olhos, órgãos externos e internos e muitos outros. E isso é só no transporte! Imaginem o que esses pobres seres sofrem para serem abatidos de forma dolorosa e ilegal e terem a pele arrancada para produzir seus lindos apetrechos, alguns nem sequer são mortos para se poder arrancar a pele depois. O processo muitas vezes é realizado com o animal ainda vivo.

E os rodeios então? É muito legal ver a coragem dos peões em montar aqueles touros e cavalos furiosos, ou em domar aqueles bezerros rebeldes não é? Mas vamos parar para pensar um pouco: será que aqueles animais são mesmo assim tão rebeldes mesmo depois de terem sido montados inúmeras vezes e maltratados até serem submetidos às condições precárias da vida de rodeio?
Sinto em lhes dizer que isso está muito longe da realidade. Os animais usados em rodeios são trancafiados em currais estreitos e sujos, submetidos ao stress e as multidões presentes nos rodeios, tornando o medo um de seus companheiros mais freqüentes. Mas isso ainda não é o pior: a verdadeira razão pela qual os animais pulam tanto nos espetáculos chama-se sédem, um artefato de couro acompanhado de objetos pontiagudos ou pedras fortemente amarrado no tórax do animal que comprime os órgãos internos e genitais, provocando uma dor agonizante e fazendo-os saltar desesperados enquanto um otário chamado peão monta em cima dele. Muitos animais são sacrificados quando não são mais capazes de agüentar a vida por trás dos rodeios, sendo considerados inúteis. Não é só doloroso como também humilhante.

O ser humano é considerado o único ser racional, o mais poderoso dentre todos os animais. Será assim? Dia após dia, babamos em frente a vitrines repletas de peles e couros caríssimos, vamos a eventos que maltratam os animais, e achamos tudo muito bom, deixando que a mídia e as empresas capitalistas por trás dessas barbaridades nos manipulem.
Só porque temos a capacidade de pensar, não quer dizer que podemos desprezar os outros animais. Afinal, eles são parte do nosso mundo e, destruindo os animais estamos destruindo o planeta, e conseqüentemente a nós mesmos. Mas mesmo assim exploramos, torturamos e matamos animais em função da nossa diversão, vaidade e conforto.

NÃO!!!
NÓS NÃO TEMOS ESSE DIREITO!!
VAMOS LUTAR CONTRA ESSAS PRÁTICAS ODIOSAS!!!





sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mulheres na Palestina

Há aproximadamente 18 meses, o bloqueio imposto a Faixa de Gaza colocou todo um território e um povo numa prisão a céu aberto. Não há alimentos, eletricidade, água e combustíveis, não podem trabalhar, estudar ou receber tratamentos médicos. Cerca de quatro quintos da população vive abaixo do limiar da pobreza e o desemprego ultrapassa a 80%.

Israel bombardeia casas, escolas, trucida vidas, não poupa nada nem ninguém e ainda conta com o apoio incondicional dos Estados Unidos e a “bondade” da União Européia.
Dentre as vitimas desses confrontos, estão muitas mulheres e crianças, pois são passiveis a serem executadas ou simplesmente perseguidas por conta de suas ligações (por vezes apenas familiares) com alguns homens.
Além dessa violência direta, ainda são obrigadas a liderar sozinhas lares e a tomar conta de crianças e idosos sem nenhum auxilio ou sistema de previdência.
Já morreram por conta desse ataque brutal mais de 200 crianças e 100 mulheres, sem contar o tanto de pessoas que são retiradas freqüentemente de suas casas e presas.
As mulheres palestinas estão se mostrando cada vez mais combatentes pela causa de seu povo, muitas já foram presas, sacrificaram suas vidas e tornaram-se chefes de família (o que lá no Oriente Médio é raro), rompendo assim uma opressão secular.

É necessário que intensifiquemos a denuncia sobre a situação da mulher em todas as partes do mundo, e por esse motivo colocamos em foco a agressão que as palestinas vêm sofrendo por conta da invasão.
Mesmo tendo seu país invadido e com todo o sofrimento gerado por tal ato, elas não se colocam na posição de frágeis, mas sim no posto que todas as mulheres deveriam se colocar: a de ciente de seu lugar na sociedade e ativas em busca de seus direitos e sua liberdade!


A nossa luta é diária!
A nossa luta é constante!

Violência Infantil e Doméstica

A violência doméstica hoje não se limita apenas as mulheres, ela se estende também as crianças.
Espancamentos, abusos sexuais são freqüentes na nossa sociedade. E o que é pior é que na maioria das vezes acontecem dentro de casa. Ainda existem lares onde os maridos espancam suas esposas por ciúmes, por estarem alcoolizados e se sentem no direito de controlar a vida e as vontades delas.
As crianças se tornaram um alvo ainda mais fácil, cada vez mais estão sendo vitimas de abusos, e da pra acreditar que em vários casos são os próprios pais que violentam seus filhos?! Não podemos esquecer que essas vitimas muitas vezes não se manifestam ou procuram ajuda por medo e suportam – em alguns casos por anos – essas agressões.
Nunca pensei que poderia haver tanta falta de caráter em um ser humano. É triste, pois vivemos num país tão globalizado, onde a informação chega muito rápido e não há dificuldades em aprender sobre respeito e amor ao próximo. Mas de tudo o que é relatado nos jornais, hoje em dia, algo me chama muita atenção e não é qualquer noticia e sim a mais cruel e desoladora:

- Mulheres violentadas morrem sem assistência na Costa do Marfim.
- Mulher é violentada sexualmente por grupo em Bataiporã.
- Mulheres violentadas e mortas em Parnaíba.

E como estas noticias, existem milhares!
Não podemos fechar os olhos para essa situação, temos que lutar para mudar esse cenário e para que mais mulheres e crianças não continuem se tornando vitimas desse tipo de violência.
Não queremos ser melhores, só queremos ser livres de tapas, arranhões, marcas, lagrimas e medo.
Queremos nossos direitos, nossa liberdade e o direito de ser feliz.
Pois não existe vida em meio à tortura! Não existe sorriso em meio à tristeza!



JAMAIS NOS CALAREMOS! JAMAIS NOS CURVAREMOS!

A influência da mídia sobre a imagem

A mídia impõe para o mundo o padrão de mulher bonita, sendo ela: com muito seio, muita bunda, sem celulite, sem espinhas, com o cabelo sempre arrumado, magra e de preferência com pouca roupa.
As mulheres fazem de tudo para conseguir realizar uma cirurgia plástica, se modificam inteiras para seguir o tal
padrão. Com o psicólogo afetado pela influência da mídia acham que estão mais bonitas desse jeito.
O resultado disso tudo é a obsessão pelo o que dizem ser “perfeito”. Todas querem ser iguais e magras. Mas e a sua beleza natural, não levamos em consideração?

Está na hora de as mulheres fazerem uma nova revolução. Ou pelo menos um protesto de massa contra os padrões de beleza impostos pela mídia. E o protesto pode começar pelo boicote às revistas femininas que, em teoria, deveriam falar de seus anseios e necessidades – que vão muito além de um corpo perfeito.
Mais triste ainda é pensar que, assim que for preciso vender outro tipo de produto, que exija peles jovens e corpos magríssimos, as pobres leitoras-espectadoras voltarão a ser bombardeadas exclusivamente com a mensagem tradicional: “Faça o que for preciso, gaste o que tem e o que não tem, mas trate de se manter jovem e linda. E, de preferência, acredite em milagres como cremes de efeito instantâneo, dietas mágicas, injeções que garantem beleza por seis meses e cirurgias de efeito mais duradouro”.

Cada mulher é de um jeito, com uma beleza, uma personalidade e com seus gostos.
Está na hora de todas reverem seus conceitos de beleza, pois não precisamos ser iguais para sermos aceitas, basta cada uma ser do seu jeito e não ficar se camuflando com milhares de cirurgias plásticas, cremes, etc...

Seguir este padrão é não aceitar ser o que você é.

domingo, 26 de julho de 2009


Não adianta pedir silêncio!
Eu não tenho medo de falar o que penso.
Não tenho medo de ser ignorada.
Não tenho medo de falar e ser julgada, Não tenho medo de pensar e agir diferente!
Eu tenho ORGULHO de ser eu mesma!

As pessoas tem medo de ser o que são, e acabam se escondendo atrás de uma mascara, na qual se sentem seguras. Será mesmo que vale a pena?! Vale a pena se esconder e deixar de ser você mesmo?!
Será que se todas as pessoas fossem e pensassem igual, o mundo teria essa beleza que é a diversidade? Você aprenderia algo de diferente? Ferramentas muito importantes para o nosso desenvolvimento não seriam usadas, como a criatividade e a originalidade.
Perderíamos muito sendo todos iguais!
Por isso, não tenha medo de ser você mesmo. Fale! Fale o que você pensa! Se expresse! Expresse cada pensamento! Não importa o modo, apenas fale!
Nunca se cale, faça com que o mundo tenha conhecimento da sua forma de ver as coisas.
Liberdade de expressão! Isso é uma coisa que ninguém pode nos tirar!


A gente fala o que Pensa!

Capa do Zine #03

domingo, 22 de março de 2009

Dieta vegetariana


Adotar a dieta vegetariana pode representar também um alivio no bolso. Isto porque a Organização pelo Tratamento Ético dos Animais se manifestou ao nosso favor enviando uma carta ao Senado dos Estados Unidos da América. A pedida foi para beneficios fiscais dos vegetarianos que, através de sua alimentação, ajuda o Planeta quanto a sua preservação e o aquecimento global.
Embora estarmos no Brasil, a dieta e filosofia vegetariana cresce a cada dia e, se isto der certo, logo os vegetarianos brasileiros terão mais incentivos para seguirem a alimentação mais ética e saudável do Universo!

Para quem não conhece os impactos da pecuária sobre a Terra, aqui estão;

Cerca de 80% das áreas cultiváveis são usadas para a criação de animais. Em 1 hectare de terra podem ser plantados 22.500 kg de batatas e apenas 185 kg de carne bovina.

São necessários de 20 a 30 mil litros de água para produzir 1 kg de carne. Para a mesma quantia de trigo, é preciso apenas 150 litros de água.

A criação de animais de corte é responsável por 90% do desmatamento de florestas tropicais. Para cada hambúrguer de carne bovina, são necessários 50 m quadrados de área de floresta.

Somente os animais criados para o consumo nos Estados Unidos produzem uma quantidade de excrementos 130 vezes maior do que a de toda a população mundial. Uma criação de porcos média produz tantos excrementos quanto uma cidade com 12 mil habitantes.

Nos EUA, mais de um terço de todas as matérias-primas e dos combustíveis fósseis são usados na criação de animais para consumo humano. A produção de um único hambúrguer consome a mesma quantidade de combustível fóssil que um carro popular em um percurso de 32 km. – Afixado no mural do TJMG –

São liberados toneladas de metano e CO2 diarimanete na atmosfera, devido as flatulências dos bois na criação de animais de corte

Fontes: O Tempo – 27.11.06 e www.sitiovegetariano.com.br

http://www.doidaporlegumes.wordpress.com/

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Aquecimento Global

"O fim esta próximo!"
As pessoas ainda se fazem de cegas, mas a natureza está cobrando seus rios poluídos, as queimadas em suas matas, a poluição no ar, o lixo jogado diariamente nas ruas! (Será que é só isso?!)... Até quando a natureza irá nos poupar de sua rebelião ecológica?!
Um dia as pessoas sentiram o efeito de suas escolhas e pagaram caro pelos seus erros!
Porém... Ainda está em tempo de mudar isso... Basta cada um fazer a sua parte!
A Natureza agradece!

Vegetarianismo

Por uma vida...
Por milhares de vidas...
Por um mundo melhor... SEM O ABATE ANIMAL!
Não irei fechar meus olhos enquanto um choro no escuro é ouvido!
Não irei aceitar uma vida ser perdida por um desejo repentino!
Não irei entender nunca como algumas pessoas podem possuir um sangue tão frio, a ponto de matar seres tão indefesos!
O que consomem são corpos estragados, que um dia foram vivos. Um olhar que se apagou por conta de uma lâmina
!

1º De Maio – Dia de LUTA e PROTESTO


Tudo começou com uma greve geral, com o intuito de conquistar-se a jornada de 8 horas. Uma intensa propaganda foi feita, nesse sentido. Tão intensa, que muitos patrões, antes mesmo daquela data, concediam já, aos operários, a redução de horário reclamada. Mas o movimento continuou tomando proporções gigantescas. Assim, naquele dia os trabalhadores abandonaram o trabalho, dispostos à conquista das 8 horas. Estava feita a greve. O movimento não foi pacífico. No dia 4 de maio, realizava-se em Chicago um grande protesto contra as violências da autoridade. A polícia, como de costume, atacou os manifestantes. Foi quando uma bomba estourou, matando 10 operários.Foi em 1889 que na Europa se decidiu marcar o Primeiro de Maio como data de manifestação anual de protesto. Porém, políticos e artistas, procuram desviar o objetivo do movimento. Procuram transformá-lo em festa do trabalho! Como se o trabalhador, roubado, enganado, pudesse ter disposição para festanças em nome de sua própria exploração.
Não!

Primeiro de Maio não é um dia de festa. É um dia de luto e de protesto!

Punx?!


Muitos se acham ou dizem ser punx pelo fato deles estarem no role (bebendo, se drogando) ou ainda pior, pelo simples fato deles se sentirem o “tal” por estar andando no “visu”, sentem orgulho disso, e até mesmo se sentem superiores, sem nem ao menos conhecer a ideologia que existe por trás desse movimento, eles não procuram uma forma de mudar o meio em que vivem, apenas querem diversão.
O que tem ocorrido também é que muitos ainda não se decidiram, estão “em cima do muro”, ou melhor dizendo, um dia sai de role com pilantras e no outro aparecem no role punk como se realmente defendessem e apoiassem o nosso movimento. E é por esses e outros motivos que muitos acabam desistindo e abandonando o movimento punk.
É claro que não estamos aqui pra julgar ninguém, até porque não somos melhores do que ninguém, apenas estamos tentando fortalecer e lutar pelo movimento, que para os verdadeiros idealistas, passou de geração para geração.
Nós podemos ser a minoria e talvez até os únicos, mas vamos resistir até o fim e mostrar que a nossa chama de luta e orgulho pelo movimento punk nunca se apagará!

Mulher no Mercado de Trabalho

Agora vamos olhar mais longe e ver qual a situação da mulher em nosso país. Em 1970 de cada 100 mulheres brasileiras, apenas 18 trabalhavam fora de casa. Em 1983 já eram 36 de cada 100 mulheres. Porém, o fato de a mulher estar começando a sair pra trabalhar, não quer dizer que tenha no emprego a mesma situação do homem. Muitas vezes o homem recebe salários bem mais altos, e os melhores cargos. E este assunto ainda piora quando além de ser mulher, a pessoa também é negra. Como todos sabem a população brasileira negra é na sua maioria pobre, portanto ser mulher e negra nesse país é sofrer duas vezes mais discriminação.
Segundo dados do IBGE de cada 100 mulheres negras 60 ganham menos que um salário mínimo, ao passo que a cada 100 mulheres brancas, 35 ganham menos que um salário mínimo.
Mas como verdadeiras guerreiras, as mulheres reivindicaram diminuição da jornada de trabalho, melhores condições, salários justos e iguais aos dos homens. Em 1919, elas já apresentavam 33% do operariado brasileiro, sem nenhuma proteção legal, cumpriam jornadas que eram de até 16 horas diárias. A participação feminina também foi muito importante em manifestações ao lado dos homens. Por exemplo, a greve geral, em 1917 que parou São Paulo, teve como um dos estopins a secção feminina no Edifício da Crespi. Uma das exigências das operarias paulistas, numa greve em 1919 era "igualar o salário delas com os dos homens". Em 1921, durante as manifestações de trabalhadores nas docas de Santos, a operária Maria Antonia Soares, do Centro Feminino Jovens Idealistas foi presa com outros companheiros a bordo de um navio, e foi deixada a sorte sem roupa e sem dinheiro, no porto de Laguna (SC).
Mas ainda hoje a mulher é rejeitada pelo seu sexo. Por exemplo: você já viu uma mulher trabalhar em uma oficina? Não? E por que não? É um "trabalho masculino"?
Cada vez mais vemos trabalhos considerados “masculinos” executados (e bem executados) por mulheres, por exemplo, motorista de ônibus, jogadoras de futebol, etc.
Porém ainda há preconceito contra mulheres que executam trabalhos que antes eram voltados para o sexo masculino.

08 de Março - Dia Internacional da Mulher

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como igualar seus salários ao dos homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca
, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
Cada 8 de Março é mais um tijolo na construção de uma nova mulher: livre, respeitada e participante da construção de uma nova sociedade, a sociedade socialista, onde ela terá mais condições de consolidar suas conquistas. É por isso que lutamos.
Agora, se não se tomar cuidado, o 8 de Março vira mais um dia com o objetivo de aquecer as vendas do comércio como o dia das mães, dia dos namorados etc.
Vamos oferecer esse dia á todas as que se recusam a apanhar dos seus pais, irmãos e maridos. Todas as que se recusam a abaixar a cabeça. Todas as que se engajam na luta para mudar esta sociedade capitalista, nos seus vários aspectos: de exploração de classe, de machismo, de opressão das minorias, dos negros, índios, e de todos os que não são da classe exploradora.
Não podemos esquecer de todas as mulheres vítimas desta exploração-opressão. Agora, mais do que das vítimas não podemos esquecer de quem luta para que a situação da mulher mude. E com ela, mudar a situação de todos os explorados e oprimidos.
Lugar de mulher é na construção da história, dona de suas idéias, de seu corpo, de seus sentimentos e feliz!!

Á VOCÊ GAROTA (Grazi - Zine Liberta e Livre – MG)

Existem coisas que doem. Que ferem o orgulho. Que verdadeiramente machucam. E como mulher, liberta, insubmissa, punk, ativista, corajosa, essas coisas aparecerão com mais freqüência, pode esperar.
No ônibus, os olhares de reprovação. Nas ruas, os assédios maliciosos. No role, o machismo enrustido...
Muitas vezes, você, garota, vai chorar. Vai se sentir rejeitada, injustiçada, subjugada. Você vai ser a pervertida. A puta.Vai doer quando aquele punk te trocar por uma Barbie qualquer. Mas você resistirá! Faz parte passar por isso.
E depois de um tempo, você vai se olhar no espelho e vai ter total convicção do que é! Do que acredita! Do que luta!
E sentirá orgulho de ser assim: mulher, liberta, insubmissa,
riot, feminista, punk, indigesta!
E no final, garota, por mais que tenham falado, julgado, te trocado,você será a mesma:
Liberta e Livre.

Idéia (Fernando Feio - Vocal da banda Pé Sujus)

Martin Luther King certa vez disse: "Eu tenho um sonho!", conseguiu o que queria: realizar uma grande conscientização!
Eu quero ir mais além! Pois mais que um sonho, eu tenho uma idéia.
Um sonho pra ser realizado, deve ser visto como um objetivo. Já uma idéia pra ser praticada, só precisa da minha mente, da nossa atitude.
Sozinho não posso fazer tão bem como quero.
Dê-me sua mão, solte o que nela se encontra para matar, desfaça o formato de pedra da mão fechada quando na horizontal, em direção á alguém. Punhos cerrados somente no ar, na vertical, na hora de praticar a nossa idéia!
Para que na falta do que ler, possamos escrever o que pensamos! Para que na falta do que ouvir, possamos dizer o que nos faz bem! Para que na falta de boa música, possamos fazer a nossa! Talvez não tão afinada, mas com uma mensagem afiada! Tudo isso expressando a nossa idéia: LUTAR!
Com o faça você(s) mesmo! Com união de fato, não como uma concentração de corpos, mas sim com uma concentração de mentes livres!
Não batendo, mas pensando, para LIBERTAR!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Carnaval ou bacanal?

Carnaval: derivado do italiano, ‘carne levare’, suspender, por de lado a carne.

Muitos pensam que esta festa é original do Brasil, porém ela surgiu na Europa e era um período festivo antecedente a quaresma, celebrado em países e comunidades católico romanas. Essa festa consistia em desfiles ou cortejos, bailes de máscaras, apresentações teatrais ou semelhantes realizadas em locais públicos.
O Carnaval foi inserido no Brasil pelos portugueses, e era comemorado de uma forma muito diferente. Os civis saiam às ruas fazendo muito barulho, vestidos com roupas engraçadas, e pregando peças em quem passava.
As primeiras escolas de samba do Brasil surgiram por volta da década de 30, e a partir dai o Carnaval um pouco mais sadio foi perdendo espaço para o dia nacional da banalização da mulher pela mulher e do capitalismo descomunal.
Muitos passam o ano inteiro reclamando de sua situação financeira, mas quando chega o Natal, Ano Novo, Carnaval, tiram dinheiro de onde não tem (ou dizem não ter). Muitas vezes tiram dinheiro de seus filhos, sustentados por esmolas, mais conhecidas como programas sociais de nosso governo para participar dessas festividades, pois apenas pensam numa forma de se autopromover nessa sociedade hipócrita, onde não apenas basta ser alguém de bem, mas sim parecer ser alguém que tem $.
O problema é que essas pessoas só pensam de suas reais condições na hora do sufoco, e acabam buscando formas desesperadas de resolver seus problemas, ás vezes até piorando a situação.
Pensando na autopromoção citada acima, lembramos de nossas "globelezas", que ao venderem sua imagem para a mídia, acaba denegrindo a imagem de toda uma geração, criando um conceito de que para ser mulher, você precisa ser sexy, magra... Ao passo de que as mulheres que não aderem a essa imagem, não são consideradas bonitas, atraentes, etc...
Pelo contrário, ao usar essa imagem que é passada pela mídia todos os dias, não te torna uma mulher independente, atraente, ou qualquer uma dessas coisas que lhes passam, mas sim, uma mulher objeto, que não pode usar sua liberdade, e acaba se tornando apenas mais uma marionete!
Não estou dizendo á vocês leitoras(es) não comemorarem qualquer uma dessas festividades, e sim questionar antes o que está por trás destas, não só o Carnaval, mas muitas outras festas realizadas neste país! Leve este questionamento para a sua vida, pois o pensamento e o questionamento são características do ser humano, e é isso o que nos difere dos outros animais!