domingo, 25 de outubro de 2009

Revolta de uma Ativista

Ouço o som da desordem, do caos urbano, da violência festejando seu massacre de acerto de contas. Ouço a vida perdida, de metade de uma população que sonha, que leva sua vida.Uma vida nem sempre digna. Mais sua própria vida. Vejo aqueles que cortam os sonhos dos outros, que manipulam os gritos desses mesmos. Tantas vi censurarem aqueles que nas ruas saíram com cartazes, manifestos, gritos, PRA FAZER A SOCIEDADE PROGREDIR.E da janela eu posso ver a poluição tomar conta das ruas. O lixo humano agredindo o ar. E eu posso ver tanto preconceito nos olhos das pessoas... Que me indagam se vale a pena continuar.E nesse país todo mundo tem seu espaço. Por que uns roubam dos outros? E da revolta que tantos guardam. E a indignação de muitos. E das minhas vozes cansadas eu tenho meu leito sóbrio. Por perguntar mais de uma vez como O MUITO É SEMPRE POUCO. POR QUE SOFRO POR TANTA GENTE. E não recebo nem ao menos um agradecimento. E isso não é maior que lamento. A tantos problemas e tantas conseqüências impostas neles.E ao sair na rua, olhos tortos te cercam, viram as costas para o subcultural que tanto faz por eles. Lutar contra a ALIENAÇÃO é o intuito que me faz regressar ao local do crime. E me faz perceber o que faço de errado. Não cometer o mesmo, e progredir aquele acerto. Eu Tento Tanto. Luto tanto. Grito muito. Recebo pouco. Ouço muito. Castigam-me com olhos. Apontam-me com dedos. Reconsideram-me com corpos (não com coração), não recebo apoio mutuo. Censuram-me de tudo (e mesmo assim luto contra, faço pé firme, vou a luta). Sangram-me com tudo. Mancham-me com seus atos e erros. Rotulam-me de tudo e tudo. E mesmo assim ainda Tenho Voz.Eu grito, eu reajo. Eu luto, eu continuo, eu vou em frente, eu sigo, eu me refaço, eu me corrijo, eu olho nos olhos de quem não me vê, eu olho no rosto de quem me rejeita, eu levanto a cabeça pelas ruas mais barulhentas, eu deixo cair lágrimas com o caos social, com o caos urbano. Eu me indigno pelos animais que são obrigados a seguir para o abate. Eu sou de tudo em uma só.Quem sou eu?
A FEMINISTA QUE TEM VOZ PELOS PROBLEMAS QUE VOCÊ DESCONHECE!

Por: Natália Capi (Jacareí - São Paulo)

Um comentário:

GOMA disse...

eae Bl!
peguei o zine com uma vcs, na galeria do rock,, um tempinho atras, po curti bastante a proposta do zine!!
deem uma olhada no meu blog TB,, é o nanquin beat!

abraços libertarios!