segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mulher no Mercado de Trabalho

Agora vamos olhar mais longe e ver qual a situação da mulher em nosso país. Em 1970 de cada 100 mulheres brasileiras, apenas 18 trabalhavam fora de casa. Em 1983 já eram 36 de cada 100 mulheres. Porém, o fato de a mulher estar começando a sair pra trabalhar, não quer dizer que tenha no emprego a mesma situação do homem. Muitas vezes o homem recebe salários bem mais altos, e os melhores cargos. E este assunto ainda piora quando além de ser mulher, a pessoa também é negra. Como todos sabem a população brasileira negra é na sua maioria pobre, portanto ser mulher e negra nesse país é sofrer duas vezes mais discriminação.
Segundo dados do IBGE de cada 100 mulheres negras 60 ganham menos que um salário mínimo, ao passo que a cada 100 mulheres brancas, 35 ganham menos que um salário mínimo.
Mas como verdadeiras guerreiras, as mulheres reivindicaram diminuição da jornada de trabalho, melhores condições, salários justos e iguais aos dos homens. Em 1919, elas já apresentavam 33% do operariado brasileiro, sem nenhuma proteção legal, cumpriam jornadas que eram de até 16 horas diárias. A participação feminina também foi muito importante em manifestações ao lado dos homens. Por exemplo, a greve geral, em 1917 que parou São Paulo, teve como um dos estopins a secção feminina no Edifício da Crespi. Uma das exigências das operarias paulistas, numa greve em 1919 era "igualar o salário delas com os dos homens". Em 1921, durante as manifestações de trabalhadores nas docas de Santos, a operária Maria Antonia Soares, do Centro Feminino Jovens Idealistas foi presa com outros companheiros a bordo de um navio, e foi deixada a sorte sem roupa e sem dinheiro, no porto de Laguna (SC).
Mas ainda hoje a mulher é rejeitada pelo seu sexo. Por exemplo: você já viu uma mulher trabalhar em uma oficina? Não? E por que não? É um "trabalho masculino"?
Cada vez mais vemos trabalhos considerados “masculinos” executados (e bem executados) por mulheres, por exemplo, motorista de ônibus, jogadoras de futebol, etc.
Porém ainda há preconceito contra mulheres que executam trabalhos que antes eram voltados para o sexo masculino.

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