domingo, 30 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

Eleições?!


Todo ano de eleição é a mesma ladainha: a corja prometendo mundos e fundos, um atacando o outro, compra de votos, horário eleitoral gratuito que é uma mistura de humor, horror e tragédia, escândalos envolvendo verbas para a campanha, tudo para conseguir aquele tão sonhado cargo público que ganha muito bem, trabalha pouco, dificilmente é punido e nada faz de útil. E se a grande maioria da população sabe disso, porque insiste em votar? E porque não deixam de votar?
Longe de teorias sociológicas e/ou libertárias de discurso bonito, repleto de palavras e idéias muitas vezes de difícil compreensão, as respostas são mais simples do que imaginamos: votam porque estão condicionados a isso. Sempre ouviram dizer que o voto é um direito (apesar de eu nunca ter entendido esse lance de direito que é obrigação... coisas da democracia brasileira) e que não devem desperdiçar esse direito; votam porque acostumaram-se a idéia de delegar responsabilidades a terceiros; votam porque acreditam que essa é a única maneira de mudar a realidade sócio-política desse país, que é o único jeito de exercer a cidadania. É claro que essa subserviência não surgiu do dia para a noite, é o resultado de uma doutrinação de anos feita pela mídia e seus formadores de opinião, com apoio total da classe criminosa... ooooops, digo, política, e sob monitoramento do braço armado do estado.
Aliás, se eu fosse cientista social, diria que a pirâmide social nesse país mudou e agora é dividida em apenas duas partes: na de cima ficam os senhores feudais (os donos dos três poderes, empresários, banqueiros, religiosos e militares de alta patente). Já na parte de baixo, ficam os vassalos (todos que não tiveram êxito na tentativa de passar para parte de cima da pirâmide, os sem futuro em geral e os militares de baixa patente, que são zeros à esquerda, mas acham que só por usarem fantasia é alguma coisa). E mais uma novidade: do lado de fora da pirâmide, ficam os insurgentes, aqueles que mesmo com todas as adversidades, continuam tentando sabotar as estruturas desse sistema falido.
Deixando de lado a brisa de cientista social, segundo o poder estabelecido, o ato de não votar ou anular o voto deixou de ser uma ruptura com a farsa que é o sufrágio universal para se tornar um ato irresponsável, quase uma ação criminosa. Basta ver o teor das matérias sobre esse assunto que sai na grande mídia. E é claro que o cidadão não quer ser um irresponsável ou criminoso e acaba por votar, mesmo que seja no menos pior. Aliás, essa conversa de “vote no menos pior” é extremamente nefasta, visando, única e exclusivamente, os interesses das organizações criminosas conhecidas por partidos políticos e seu desejo interminável de se manter no poder a qualquer custo.
Imagina uma pessoa em casa, ela pega três embalagens de um mesmo produto, todos com o prazo de validade vencido. Ela vai escolher o menos pior? Claro que não! Ela vai jogar fora os três produtos, porque se consumidos vão prejudicar sua saúde. E qual a diferença de se fazer isso com relação aos candidatos? Votar no menos pior significa votar em alguém que também não presta, é eleger um batedor de carteira ao invés do assaltante de bancos. Mas ambos são criminosos e como tais, vão cuidar dos próprios interesses em detrimento do interesse coletivo, e você eleitor que se dane!Votar nulo ou abster-se de participar do sufrágio é um direito, é uma escolha. É importante mostrar aos candidatos a não confiança em seus discursos, deixar claro que sua conversa fiada não convence. Não é a única nem a melhor maneira de demonstrar insatisfação, mas é um começo.



Por: Treva - São Paulo - SP

...

Pra que idolatrar Lideres delinqüentes?
Que quiseram dominar o mundo inconseqüentemente
Grupos de extrema direita, xenofobia, ignorância
Tolice sem causa exterminando a raça a humana
Negros, Índios, Nordestinos, Judeus e Homossexuais
humanos tem direito a vida somos todos iguais
O que as pessoas fazem pra te prejudicar?
Aonde realmente te afetam você não sabe explicar!
Antecedência - Você nega?
Consciência - Cheia de merda!
Ódio insensato pra defender seus interesses
Porque não luta contra algo que realmente te ofende
Se achas que é perfeito, e tem sangue de ouro
Exclua você! E não exclua os outros!
Índoles nazistas Índoles fascistas
Destruindo a liberdade e o direito de vida!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Abismo das Ilusões

"Filantropia esquecida", passos largos programados no amanhã.
Amedrontados.
Como vultos silenciosos na escuridão caminhando para o abismo do Caos...
Da degradação moral onde tudo gira em torno do paradigma patriarcal!
Um abismo exaltador de egocentrismos massificados,
onde vincula uma realidade inóspita.
Habitada por divinas criaturas introvertidas, passivas, intolerantes e mortas...
Que se auto-programam no ciclo babilônico e mecanizado do abismo intoxicante!
Chicotadas e abusos.
Condicionamentos de tempo são ditados entre as paredes desse abismo solitário e sem cipós.
Onde os únicos objetivos são a reprodução, a exploração, o roubo da dignidade...
E ao fim... O que sobra... é a Morte!


Por: Dan - São Paulo - SP

Quem não ri da desgraça alheia?

Muitos acreditam que nós seres sociais rimos de algo ao qual nos identificamos.
Quantos risos não gargalhamos por ver ridicularizada uma atitude ou circunstância da vida cotidiana.
Apresento a vocês a Comédia Dell Arte, que surgiu na Itália através do improviso que com gestos exagerados, música, dança, acrobacias, faziam rir por ridicularizar militares, membros da Igreja, banqueiros, negociantes, nomes e plebes. Ou seja, assim como o punk, gritava a sociedade da época a sua hipocrisia.
Um certo alguém já disse que se você quer conhecer alguém de verdade dê a ele uma máscara.
A comédia Dell’ Arte utilizava-se de máscara entre outros fatores para preservar a identidade desses atores que não temiam mostrar a todos o inconformismo. E adivinhem qual a menor máscara do mundo? O
nariz
de um palhaço.

Entrevista com Ariel, vocal da Banda Invasores de Cérebro

NRK - O que significa para você um minuto para o Caos?

Ariel: O minuto que precede a barbárie, ou a degeneração de toda a sociedade como a conhecemos.

NRK - O que significa para você o Movimento Punk?

Ariel: Minha vida. A forma que encontrei para ser eu mesmo, num mundo tão massificado e insignificante.

NRK - O que você considera marcos históricos do Movimento Punk no Brasil?

Ariel: O surgimento das gangues de adolescentes rebeldes nas periferias, por volta de 1976; Os sons de fita pela cidade; As primeiras bandas em 1978; Os festivais: O Começo do Fim do Mundo em 1982, A Um Passo do Fim do Mundo de 2001 e o Fim do Mundo de 2002. O surgimento dos zines em 1982. As passeatas nos anos 90, com o Punk se aproximando do Anarquismo como forma de luta. A integração atual de várias tendências, unindo vários iguais que nunca haviam tido essa oportunidade no passado.

NRK - Na sua opinião qual foi o impacto social, cultural e ideológico do Movimento Punk no Brasil?

Ariel: A influência do Punk está presente desde o visual da juventude atual, passando pela sonoridade das bandas de rock e nas formas de luta, com o surgimento dos black blocks ao redor do mundo.

NRK - Ideológica e culturalmente qual a diferença do punk no passado e no presente, e quais as perspectivas de futuro?

Ariel: A principal diferença é a diversidade, com o Punk ocupando todos os espaços atualmente, com grupos de teatro interagindo com o movimento, poetas mostrando sua indignação, cineastas independentes causando horror aos conformados, artistas plásticos tacando tinta nos quadros, nos muros, bandas gritando contra a massificação, etc. e acho que a nossa maior atitude é a de tentar tornar a inevitável barbárie um pouco menos tediosa.

NRK - Como você define a juventude no passado e atualmente?

Ariel: Todo jovem é um perdido até encontrar sua forma de aceitar ou condenar essa sociedade.

NRK - Considerações finais. Este espaço é todo seu!

Ariel: Precisamos assumir algum controle sobre nossa luta. Concordamos que deva haver uma luta, ou não? Se sim, é primordial que existam pessoas que pensem e façam a coisa acontecer e iniciativas como tomar as praças (espaços públicos) é totalmente necessária. Façamos nós mesmos, mas com a condição de sermos cada dia mais convictos de nossa vertente libertária.

Acracia! Ariel.

UM MINUTO PARA O CAOS

Venho através dessas mal fadadas linhas eximir a todos de suas culpas. Venho tirar lhes o peso da vergonha. Venho limpar lhes a alma da negligência. Afinal foram tantos os maus trapilhos que dependiam de você. Mas eu venho através de minhas palavras lavar suas mãos sujas com o sangue inocente de tantas crianças que derramaram suas lágrimas por um pouco de leite. As mesmas mãos sujas de lágrimas de tantas mães que choram a morte de seus filhos levados pelo crime pela falta de esperança. As mesmas mãos sujas com o suor de tantos que trabalharam a vida toda e agora vivem a mendigar uma aposentadoria. Mas eu venho aqui libertar-vos de todo o peso da fome, da miséria e opressão. Venho com a força de mil canhões deixar lhes livre para voar.
Agora que você está puro, lembre-se que foram suas mãos que levantaram os dedos débeis que cambaleantes teclaram botões e definiram os próprios carrascos. Agora que você está livre, aproveite a oportunidade para gritar aos quatro cantos que você não tem medo. Feche os olhos, respire fundo e corra em direção aos pinos engravatados que nos oprimem e derrubam a todos.
Não tenham receio se com o choque você se estraçalhar. Os pedaços de seu corpo que voaram pelo espaço fertilizaram as mentes de outras tantos que com sua coragem farão uma nova sociedade. Seja vocês a força que impulsiona a mudança.
E nesse exato instante em que você prende a respiração e pensa em suas duas alternativas: fugir ou se esconder como um covarde, para fazer de conta que não tem culpa e viver sua vidinha medíocre enquanto outros sofrem pelas tuas faltas. Ou correr, enfrentar e gritar: EU NÃO CONCORDO COM VOCÊ! EU NÃO TENHO MEDO DE LUTAR! É esse o exato momento em que se inicia "Um minuto para o Caos". O Caos é uma fase anterior a mudança. Sejamos o Caos! Façamos o Caos! E façamos a Diferença nesse mundo podre de pessoas mesquinhas que se camuflam de libertarias e enganam a si mesmas.
Se uma andorinha só não faz verão? Pouco me importa qual será sua opinião. O que sei é que lutamos para que você acorde! Acordar - é dar a cor! De cor a sua vida!
Seja livre para escolher o seu caminho.
Não deixe que respondam por você!